Nova Venécia decreta estado de calamidade pública devido à seca

O prefeito de Nova Venécia, Mário Sérgio Lubiana, o Barrigueira, assinou na tarde da última sexta-feira (06), o decreto de estado de calamidade pública por conta da longa estiagem que atinge todo o Norte do Estado, especialmente o município. De acordo com a publicação, a seca vem provocando grandes prejuízos econômicos.

O relatório técnico elaborado por representantes do INCAPER- Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, coletados a partir de entrevistas com produtores rurais, dados das Cooperativas Veneza e Coabriel, comerciantes e compradores da produção do Município, levou em consideração informações que foram equiparadas com dados da produção de anos anteriores, da CONAB e IBGE e do ano de 2014, quando em Nova Venécia choveu apenas 52% do volume esperado.


Além das chuvas terem sido insuficientes, ocorreram de forma irregular ao longo do ano, com uma grande intensidade em curtos períodos de tempo.  Nos meses de maior demanda atmosférica, devido às altas temperaturas, as chuvas aconteceram muito abaixo da média, resultando em um período prolongado de deficiência hídrica. No mês de janeiro deste ano, a situação é mais crítica, uma vez que os índices pluviométricos estão cerca de 99,3% abaixo do normal para a região e a temperatura máxima próximo de 40º, segundo o INCAPER.

Em razão do período prolongado da estiagem, associado às altas temperaturas, com sol intenso e forte calor, foram constatadas grandes perdas de produtividade nas mais diversas atividades agrícolas e na pecuária. Estima-se que a produção cafeeira sofrerá uma queda em 30%, havendo relatos de produtores de que a perda atingirá 60%, ocorrendo alto índice de abortamento de flores, frutos e baixo rendimento de grãos.

A estimativa de prejuízos econômicos relacionados com a estiagem é de 30% na produção de café, 20% na de pimenta do reino, 40 % na produção de mamão e banana, 30%, na produção de leite e 70% nas culturas anuais e alimentares e 20% na produção de carnes.

Só o setor agropecuário estima prejuízos na ordem de R$68.731.540,00 (sessenta e três milhões, setecentos e trinta e um mil, quinhentos e quarenta reais), distribuído na agricultura com R$52.371.540,00 (cinquenta e dois milhões, trezentos e setenta e um mil, quinhentos e quarenta reais) e R$16.360.000,00 (dezesseis milhões, trezentos e sessenta mil reais) na pecuária.



O decreto ainda desencadeia, o plano emergencial de dar resposta às ocorrências de causa natural, com ações voltadas a minimizar a situação do homem do campo, mais notadamente aos produtores rurais, com vistas a evitar o desemprego dos trabalhadores rurais em alta escala, bem como o fornecimento de máquinas (retro escavadeiras e outras), promovendo para isso a contratação necessária em caráter urgente e no interesse público, em razão da emergência caracterizada pelo agravamento da situação. O relatório será encaminhado aos órgãos de defesa civil estadual e nacional.



“Estamos enfrentando uma seca histórica em Nova Venécia. O momento é realmente de calamidade e estamos fazendo todo o possível para buscar a sensibilidade do governo federal para que possa ajudar a minimizar os impactos da seca que atinge o nosso município. Também contamos com o apoio, a compreensão, a solidariedade de todos os venecianos para contribuir coma à economia de água”, solicita o prefeito.

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