Alunos do Córrego da Areia estudam de forma improvisada dentro da cozinha de igreja há 6 meses



As crianças que estudam na Escola Municipal do Córrego da Areia, patrimônio que pertence ao Município de São Mateus, estão tendo que estudar na cozinha da Igreja Católica, cedida temporariamente  pela comunidade para que as crianças não interrompam os estudos. Tudo isso porque a obra de reforma e ampliação da antiga escola, que teve inicio em Janeiro de 2019, até agora não ficou pronta e nem tem previsão para ser concluída.

Os mais de 27 alunos do patrimônio convivem todos os dias em uma sala, que na verdade é a cozinha da igreja, que tem aproximadamente 25 metros quadrados. Além do desconforto por não estarem em um local adequado, eles enfrentam outros perigos enquanto estudam no local improvisado, como reforça a mãe de um aluno Marileia Pontes Lazaro, “É muito difícil e perigoso, as grades são muito fracas, tem o palanque que as crianças sobem, tem o risco de cair e se machucar.”

Além dos perigos da parte estrutural, alunos já encontraram cobras e escorpiões no pátio da igreja, o que gera ainda mais preocupação aos pais.
A situação da escola vem se arrastando há anos e em janeiro a ela foi desocupada e foram iniciadas as obras que durariam 3 meses. Porém a comunidade garante que estão paradas e Marileia diz que é lamentável o que está acontecendo, ”É lamentável, porque desde janeiro falaram que iriam fazer a escola, até agora nada. Já são 5 a 6 meses, as crianças estudando na igreja e até então nada feito”

Olivana Lázaro, que também tem filho que estuda na escola, disse que entrou em contato com o Prefeito de São Mateus para tentar solucionar o problema, “Eu consegui entrar em contato com o prefeito de São Mateus, Mandei um áudio pra ele e ele respondeu que iria ver a situação e daria uma posição, mas até agora está do mesmo jeito”. Ela Vê essa situação como um descaso com o patrimônio. Olivana ainda ressalta que a àgua do poço artesiano da igreja é imprópria para o consumo e as crianças tem que trazer agua de casa até para que seja feita a merenda na escola “A água aqui da igreja não é potável, não pode se beber. A gente tem que trazer agua de casa para os alunos, pra cozinhar, para beber, a gente queria uma providencia pra essa situação.”

Se a igreja solicitar o espaço as crianças ficarão sem estudar como confirma Olivana, “A igreja cedeu o espaço para 90 dias, eu como mãe de aluno e que também faço parte da igreja, fica difícil, tanto para comunidade quanto pra igreja que precisa do espaço”
Outro pai que reclama da Situação é o José Luiz, que diz se sentir envergonhado com a situação de tantas promessas sem fundamento “Eu me sinto envergonhado como cidadão, porque prometem, prometem, e está parada, não tem nada andando.”

Na sede da escola as obras foram apenas iniciadas,e o material de construção foi parcialmente roubado, como afirmam os moradores. No que deveria ser o canteiro de obras da escola, a aparência é de um terreno baldio, com vários entulhos e matérias jogados por toda parte.

O acesso ao cômodo onde estão alguns materiais, como portas, janelas, material elétrico, argamassa entre outras coisas estava aberto quando nossa equipe foi ao local. Acompanhado por pais de alunos entramos no terreno da escoa e pudemos constatar o que a comunidade relata.



Procuramos a prefeitura de São Mateus porém não retornaram nosso contato. A diretora da escola não se pronunciou e disse que não tem autorização para falar. Ainda estamos buscando um posicionamento da prefeitura para passarmos a população.


Vale ressaltar que o patrimônio de córrego da areia fica a mais de 60 km da sede do município mateense e se encontra entre as cidades de Boa Esperança e Nova Venécia. Ficando apenas a 16 km da sede de Nova Venécia.

Você também pode ouvir a matéria completa no áudio abaixo.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vídeo de aluna agredida na saída de escola em Nova Venécia viraliza.

Nova Venécia: Capitella supera expectativas e atrai mais de 30 mil pessoas

JOÃO CREMASCO DIRETOR DA RÁDIO NOVA ONDA, RECEBEU HOMENAGENS NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESPÍRITO SANTO